O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio da Promotorias Especializadas de Defesa da Saúde, da Educação, e da Criança e do Adolescente, reuniu nesta quarta-feira, (25), instituições e a imprensa para apresentar informações sobre a cobertura vacinal no estado.
De acordo com dados dos órgãos de saúde, em 2018 o Acre figurou entre os últimos estados da Federação no ranking de imunização, sobretudo no público infantil. Preocupado com a saúde da população, o MP acreano une esforços a outros atores com vistas aumentar a cobertura vacinal e melhorar índices de saúde no Acre.
Uma das estratégias apresentadas pelo promotor de Justiça Glaucio Ney Shiroma Oshiro, titular da Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, é a obrigatoriedade de atualização da carteira de vacinação no ato da matrícula escolar, exigência que passa a vigorar no próximo ano para os 57 mil alunos matriculados em Rio Branco.
“Resolvemos unir esforços e darmos as mãos com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal com vistas a melhorar os índices de saúde da população do Acre, isso porque doenças já erradicadas estão sendo reintroduzidas no Brasil, como o sarampo, meningites e a febre amarela, inclusive já tivemos episódios de mortes por meningites no estado. São doenças infecciosas que podem ser facilmente evitadas por intermédio da vacinação”, disse o promotor de Justiça, que durante o encontro esteve ao lado dos promotores de Justiça Ricardo Coelho e Francisco Maia Guedes, respectivamente titulares das promotorias especializadas de Defesa da Educação e de Infância e Juventude.
União de esforços
No encontro promovido no Edifício-Sede do MPAC, compareceram diversas instituições, que ressaltaram a iniciativa do órgão ministerial diante da problemática da baixa cobertura vacinal visando à redução de incidência de doenças.
Oteniel Almeida, secretário de Saúde da Prefeitura de Rio Branco destacou o papel do Ministério Público em construir políticas públicas em conjunto com as instituições que vão beneficiar diretamente a população.
“Essa iniciativa do MP é louvável, vai além do seu papel de cobrar, de fiscalizar as instituições, está buscando soluções conjuntas que vão refletir diretamente em qualidade de vida para a população. Nós estamos nos preparando para enfrentar esse desafio que é aumentar os índices de cobertura vacinal na capital, sobretudo no que se refere à primeira infância, para isso, estamos desenvolvendo ferramentas de gestão que vão agregar os sistemas de saúde, educação e assistência social, além disso, também iremos atuar na busca ativa das crianças que hoje estão com a carteira de vacina desatualizada”, disse o secretário.
A presidente do Conselho Regional de Medicina do Acre, Leuda Maria Dávalos, parabenizou a iniciativa do MPAC, sobretudo por envolver diversas instituições nesse processo de alerta e sensibilização da sociedade para a importância da vacinação.
“Sabemos que a imunização é a única maneira de garantir que doenças erradicadas não voltem, além de evitar epidemias. Por isso, a sociedade em geral, mães e pais, precisa compreender a importância da vacina e se conscientizar de que, vacinar suas crianças significa não apenas protegê-las de doenças, mas também sustentar uma condição de saúde pública”, disse a presidente do CRM no Acre.
Além do MP acreano, representado pelas promotorias de Justiça Especializada em Defesa da Saúde, da Educação, e de Infância e Juventude, o grupo de trabalho em torno da causa reúne a Secretaria de Estado de Saúde; Secretaria de Saúde de Rio Branco; Secretaria de Estado de Educação; Secretaria de Educação de Rio Branco; Conselho Regional de Medicina; Sindicato dos Médicos do Acre.
Andréia Oliveira – Agência de Notícias do MPAC
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