Os diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC) abriram na segunda-feira (12) a campanha da coleta de assinaturas contra a venda da empresa, no terminal urbano. O temor é que Estados que não geram lucro tenham agências fechadas, deixando de existir entregas de encomendas.
Segundo a presidente do Sintect-AC, Suzy Cristiny, as empresas que já atuam no mercado, realizando entregas, preferem não atuar no Acre, por exemplo, porque não é possível ter lucro. Assim, as empresas acabam atuando apenas em grandes cidades, chegando a enviar os produtos pelos Correios por terem conhecimento do papel social realizado pela empresa.
“Algumas pessoas criticam os serviços atuais e apoiam a privatização alegando que não deveria existir monopólio, mas não existe monopólio. Qualquer empresa do ramo pode estar apta a operar, mas eles preferem não concorrer em Estados menores, porque não gera lucro, com isso a estatal tem um papel fundamental nos municípios pequenos de garantir o encaminhamento de encomendas”, argumentou.
Suzy Cristiny apontou ainda que não são todas as cidades pequenas que possuem bancos ou caixas, com isso os pagamentos e os saques também são realizados por meio do banco postal.
A presidente do Sintect-AC explicou que os diretores e funcionários estão coletando as assinaturas até o dia 20, pois até o dia 22 a relação será entregue ao governo federal por meio da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos, entidade nacional que mobiliza a campanha nacional contra a privatização.
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