O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) já começou a fazer mudanças importantes no Hospital Regional de Brasileia com a finalidade de solucionar os problemas deixados pela antiga gestão e melhorar o atendimento aos pacientes.
Entre as mudanças realizadas pelo novo diretor da unidade, Rodrigo Prada, está o critério da escala dos plantões dos enfermeiros, possibilitando que ela fique mais harmônica e não sobrecarregue o trabalho dos profissionais. “Teremos dois enfermeiros num plantão de doze horas”, disse.
Também foram realizadas modificações no fluxo de encaminhamentos de pacientes e também nos critérios para a entrada dos visitantes, o que até então nunca havia sido feito e nem regulamentado. “Antes não havia um horário de visita, mas agora implantamos o sistema de crachás e definimos o número de acompanhantes por vez”, explicou.
O acolhimento dos pacientes por dois assistentes sociais também é uma mudança importante com o intuito de melhorar o atendimento, sem falar no sistema de classificação de risco, levará em conta, a partir de agora, critérios sociais.
“Há pessoas que vem da zona rural, de muito longe, e por isso, não podem esperar tanto. E com esses novos critérios e procedimentos, esperamos reduzir o tempo de espera das pessoas”, ressaltou.
Uma outra questão que está sendo tratada pela nova direção do Hospital, diz respeito a uma sede para o Serviço Móvel de Urgência (Samu). “Fizemos uma reunião com a equipe e nos foi solicitado o prédio do Hospital Raimundo Chaar e como eles estão sem base aqui, acredito que não seja algo difícil de resolver”, afirmou.
Alguns projetos também já estão sendo elaborados pela nova gestão, como a implementação do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), uma parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF). Parceria que inclui, ainda, a aquisição de materiais ortopédicos para viabilizar cirurgias.
“Esse tipo de cirurgia aqui em Brasileia nunca foi feito e já temos até dois médicos, um anestesista e um ortopedista, que podem estar fazendo esse trabalho aqui. A ideia é, inclusive, trazer pacientes de Rio Branco para serem operados aqui”, fez questão de frisar.
Laboratório
Um problema deixado pela antiga gestão foi a questão do laboratório. Há um excesso de demanda porque os municípios de Brasileia e Epitaciolândia não possuem equipamentos.
Rodrigo Prada explica que foi realizado um relatório situacional logo no início dos trabalhos e chegou a conclusão que havia pacientes, quando era a antiga gestão, esperando a distribuição de senhas (eram apenas dez por dia) de madrugada e ao relento. “Por isso adotamos o sistema de agendamento”, explica.
Ainda segundo ele, por falta de vontade política da gestão passada, não foram contratados biomédicos, o que foi feito agora no mês de fevereiro. “Aumentamos a produtividade e vamos reduzir as filas, lembrando que atendemos a demanda de dois municípios”, ressalta.
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