Sindmed-AC denuncia a demissão de médicos no MPE


A diretoria do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) encaminhou ao Ministério Público Estadual (MPE) na manhã desta quinta-feira (25/10) a denúncia contra o governo do Estado que está realizando a demissão de médicos provisórios. O temor é que a retirada dos profissionais dos hospitais, em especial da Maternidade Bárbara Heliodora, possa causar o caos na saúde pública, prejudicando o atendimento dos pacientes.
O presidente do Sindmed-AC, Ribamar Costa, explicou que o mesmo procedimento e as informações serão encaminhadas para o Conselho Regional de Medicina (CRM) com o objetivo de responsabilizar os gestores que estão ignorando a necessidade de manutenção dos serviços de urgência e emergência.
“Médicos que atuam no setor de urgência, como obstetras e pediatras da Maternidade, estão sendo desligados, retirados de suas funções, deixando apenas um profissional de plantão para todo o hospital, o que é desumano para a população e para o trabalhador, com isso aumenta o caos na saúde pública e a possibilidade da ocorrência de mortes. O Sindicato está sensível a situação e por isso vem procurando as autoridades para que haja uma investigação e a abertura de denúncias contra os culpados”, afirmou o sindicalista.
Na denúncia, a diretoria apresentou alguns dados que podem comprovar que as demissões estão sendo realizadas sem respeitar a legislação, retirando os trabalhadores da folha de pagamento e mantendo os profissionais na escala de trabalho, cometendo irregularidade também ao deixar de repassar para a população a informação correta.
“O governo quer dar a aparência de que os hospitais estariam funcionando regularmente, o que é mentira. A capacidade de atendimento não chega a 40%, o que é muito preocupante”, afirmou Ribamar Costa.
O primeiro-secretário, Guilherme Pulici, lembrou que o levantamento da quantidade de médicos demitidos continua sendo realizado para a verdadeira confirmação do total de profissionais afetados, averiguando se há ou não a demissão em massa.
“Pedimos a todos os trabalhadores que repassem para o Sindmed a informação, incluindo a data da demissão, além de verificar se o nome continua constando na escala para que haja o encaminhamento dos casos para a banca de advogados da nossa entidade”, afirmou Pulici.
Segundo o primeiro-secretário, a meta é garantir os empregos e o atendimento aos pacientes, evitando mortes por negligência dos políticos que estão em fim de mandato.

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