No último dia 28 de abril, a população de Tapauá, no interior do Amazonas, realizou a maior manifestação pública da história da cidade, para recepcionar o prefeito Zezito, que retornava ao cargo de prefeito, depois de cinco meses afastado.
A calorosa recepção traduziu o sentimento do povo de Tapauá. Zezito foi afastado por ordem judicial depois que o Ministério Pùblico do Amazonas, apresentou denúncia sobre suposto desvio de recursos da prefeitura.
Como o MP não sustentou com provas a denuncia, a justiça determinou que Zezito retornasse ao cargo para continuar o bom trabalho que vinha exercendo na gestao da cidade.
Um mes antes de ser afastado, Zezito estava concluindo um pacote de obras que seria entregue á população no dia do aniversário da cidade, 19 de dezembro.
Com ele longe da administração da cidade, as obras foram paralisadas e os moradores ficaram sem ter o que comemorar.
Nos dois primeiros dias em que retomou a gestão de Tapauá, Zezito determinou um a elaboração de um relatório da atual situação de cada obra, e vai requerer á justiça a liberação que os trabalhos sejam reiniciados.
Obras foram saqueadas
Na relação das obras que seriam entregues constam a escadaria do porto, a sede da prefeitura, centro do idoso, campo de futebol, quadra de areia, prédio do INSS, centro cultural, uma rotatória para controle do trânsito e abertura de 7 km de ramal.
Nenhuma dessas obras foi concluída, mas serão retomadas tao logo a prefeitura consiga a suspensão do embargo.
" O maior prejuízo quem sofreu foi o povo que não teve acesso as obras. A maioria delas acabou sendo alvo da ação de vandalos que furtaram materiais e danificaram parte do que já estava pronto. Esta semana irei ao TCE e ao Tribunal de Justiça pedir a suspensão do embargo para que possamos concluir e entregar esses benefícios á nossa gente", disse Zezito.
Cidade para no tempo durante ausencia do prefeito
Durante os cinco meses de afastamento de Zezito, nenhuma ação do programa de trabalho que vinha sendo executado foi expandida ou efetuada. Segundo Zezito, a equipe que assumiu a gestao da cidade nesse período se preocupou apenas em inchar a folha de pagamento. Os gastos com pessoal atingiu a casa dos R$ 20 milhões, bem acima do percentual permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, irregularidade que o prefeito já está sanando.
Além do abandono das obras que estavam no cronograma, serviços básicos como coleta de lixo e manutenção da iluminação pública sofreram interrupção.
Novo pacote de obras com investimentos
Equanto aguarda a decisão da justiça referente ao embargo das obras, Zezito vai iniciar um novo pacote de obras para recuperar o tempo perdido. Esta ação já começou com a recuperação de dois barcos, um deles estava naufragado. Ele deve assinar nos próximo dias, vários convênios que vão garantir o início dos serviços de implantação da rede de abastecimento de água, pavimentação de ruas, construção de uma feira coberta e aquisição de uma Unidade Básica de Saúde Fluvial.
Cidade modelo em escolas rurais
Em 2017, Zezito comandou a equipe que elaborou um projeto ousado: a revitalização integral das escolas rurais de Tapauá. Atualmente, a rede publica municipal de ensino funciona em unidades precárias, insalubres e antigos, que não oferecem as condições mínimas para o aprendizado.
O Ministério da Educação acatou e aprovou o projeto e autorizou a construção de 100% das escolas rurais em Tapauá. Serão 84 unidades, que tornarão a cidade a primeira do Amazonas a possuir todas escolas modernas, e será referência para o estado.
" Há um sentimento de revolta", desabafa Zezito
Quando foi afastado do cargo e preso, Zezito havia sido acusado de comandar um esquema que teria desviado R$ 60 dos cofres públicos. Mas o orçamento total de Tapauá não ultrapassava os R$ 30 milhões.
Para que isso tivesse ocorrido, o prefeito teria de deixar de pagar todas as despesas da prefeitura, entre folha de pagamento, fornecedores, investimentos na saúde e na educação por dois anos consecutivos.
Naquela ocasião, Tapauá só havia recebido de convênios, R$ 400 mil reais. Para corroborar ainda mais a tese da defesa, a prefeitura pagou para a empresa apontada pelo MP como favorecida no esquema, apenas R$ 2 milhões.
" Há um sentimento de revolta. Porque fui acusado por um crime que não cometi. Minha reputação foi colocada em xeque, mas o povo de Tapauá sabe da minha idoneidade e me recebeu de uma forma que eu jamais imaginava. Mas aquela recepção foi a maior prova de que o povo atesta nossa inocencia. Mas estou tranquilo. Agora vamos recuperar o tempo perdido e retomar o caminho do desenvolvimento. A cidade precisa e fomos eleitos para trazer melhorias e beneficios para nossa gente, e desse compromisso não abro mao", finalizou.
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