Diretores de empresas fogem de audiência e Aleac vai abrir CPI para investigar sistema de transporte
Pela segunda vez na mesma semana, os diretores das duas empresas que atuam no transporte coletivo urbano em Rio Branco não compareceram a audiência pública para explicar e justificar o pedido de reajuste da tarifa.
No início da semana eles ignoraram reunião na Assembléia Legislativa, e ontem(25), deram de ombros á mesma pauta, desta na Câmara Municipal.
Representantes dos movimentos comunitários, do Conselho Tarifário, DCE, Rbtrans, vereadores e o deputado estadual Eber Machado estiveram no encontro, que teve momentos de acirrados debates.
Um dos pontos onde houve discordância foi quando o superintendente da Rbtrans, Gabriel Forneck, apresentou a planilha das empresas, atuando na defesa dos empresários. Ele foi duramente criticado pela maioria que estava no plenário e nas galerias da Câmra.
¨ Esse não é o papel da Rbtrans. Os empresários deveriam está aqui para explicarem esse pedido. E cadê eles/? Porque não vieram?, indagou com certa indignação o deputado.
No geral, a tônica dos discursos foi a mesma, críticas ao pedido de reajuste ao Conselho Tarifário, acusado de só atuar para votar o reajuste e nunca para fiscalizar o serviço oferecido pelas empresas.
¨ Eu nunca tive notícias de que o Conselho Tarifário esteve no terminal fiscalizando o serviço das empresas. Só aparecem para votar reajuste e isso precisa ser revisto¨, disse o vereador Roberto Duarte(PMDB), proponente da audiência pública
CPI na Assembléia Legislativa
Durante o encontro, o deputado estadual Éber Machado disse que na próxima terça feira vai apresentar no plenário da Assembléia Legislativa, proposta para criação de Uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o contrato entre a prefeitura e as empresas.
¨ Vamos abrir essa caixa preta. Deve ter algo de muito cabuloso nesse sistema porque os empresários nunca aparecem mas também não largam o sistema. O contrato vai ser investigado. Não vamos admitir reajuste sem que haja uma profunda análise e estudo dessa planilha¨, disse ele.
Sindcol não vai se manifestar
O presidente do Sindicato das Empresas dos Transportes Coletivos, Sindcol, Marcelo Mansour, procurado pela reportagem disse apenas que a entidade não fará nenhum pronunciamento.
Indagado se as empresas iriam fazer uma defesa pública do pedido de reajuste, ele apenas disse:
¨ Não iremos nos manifestar¨, resumiu.
¨ Não iremos nos manifestar¨, resumiu.
Mansour é o diretor da Viação Floresta, empresa que detém 60% das linhas em operação em Rio Branco. A outra empresa, Via Verde, tem como diretor Aluízio Abade, que é vice presidente do Sindcol.
As empresas querem o reajuste dos atuais R$ 3,50 para R$ 4,50. Também pedem que a passagem dos estudantes, que hoje custa R$ 1,00 seja reajustada para R$ 2,50.
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