O nível das águas do rio Madeira, no perímetro urbano de Porto Velho recuou. De 13,98 metros, caiu para 13,59 metros em pouco mais de 48 horas.
A cota de alerta é de 14 metros e a de transbordamento 16,68 metros.
Esse ¨comportamento¨do rio reflete diretamente na área do entorno da BR 364, entre Rondônia e Acre.
Stuação semelhante foi registrada na área controlada pela Usina de Jirau, em Mutum Paraná, onde a Br 364, que liga o Acre ao Brasil via terrestre, é cercada pelas água do Madeira e do rio que leva o nome da comunidade.
Foi nesse trecho da rodovia, em 2014, que a enchente atingiu 1,60 metros sobre a pista, isolando o Acre por mais de 50 dias.
Ontem(15), no mesmo local, o nível da água em relação a margem da estrada era de 5 metros. A régua instalada pela Polícia Federal para auxiliar no controle e monitoramento do nível do rio mostrava que o risco de uma nova alagação diminuiu.
O comandante do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Carlos Batista, disse que essa vazante do lado do Madeira, pode está ligada ao controle do nível do rio operado pela Usina de Jirau.
Na próxima quinta feira (18), em Porto Velho, o militar vai se reunir com representantes da Agência Nacional das Águas (ANA), Sistema de Proteção da Amazônia(SIPAM), Serviço Geológico do Brasil(CPRM) e Defesa Civil de Rondônia, para solicitar que esses órgãos juntos, cobrem que a usina de Jirau controle o volume de água para evitar que a 364 volte a ser atingida pela cheia.
¨Vamos fazer uma grande reunião para cobrar medidas que evitem a inundação da rodovia. A usina de Jirau faz esse controle do nível do rio, e esperamos chegar a um entendimento¨, disse Batista.
Barragem expulsou centenas de famílias
Desde a implantação da Usina de Jirau na região de Mutum Paraná, distante 110 km de Porto Velho, centenas de famílias que sobreviviam da pequena agricultura e pesca foram obrigadas a mudar de endereço. A compensação praticada pela Usina, segundo o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), não contemplou devidamente as famílias.
O MAB ajuizou seguidas ações contra o consórcio de Jirau e aguarda ainda por um desfecho. Na região de Mutum Paraná, onde formou-se o lago da usina na margem direita, sentido Porto Velho/Rio Branco, as dragas ocuparam o espaço e os pescadores foram impedidos de atuar.
¨ Antes a gente pescava a vontade e garantia o sustento da família. Hoje existe uma proibição por parte da usina que mantém um rigorosa fiscalização ambiental contra os pescadores, mas deixa as dragas atuarem livremente¨, reclamou Antônio Pereira Dias, morador da região, que teve a área onde morava, inundada pela barragem.
Controle da erosão na Br
O DNIT concluiu o serviço emergencial de reparo na margem na da rodovia, na altura do km 178, saindo de Porto Velho, sentido Rio Branco, onde na semana passada, parte do acostamento cedeu devido a força da água.
O deslize de terra atingiu a faixa lateral da pista. Com trinta caçambas de pedra e barro, o DNIT tapou o buraco impedindo que a erosão avançasse. O órgão informou que vai manter um monitoramento constante no trecho para evitar que problemas semelhantes voltem a ameaçar o tráfego de veículos entre os dois estados.
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