Penitenciária Federal realiza doação de alimentos para comunidade carente



A Penitenciária Federal de Porto Velho (PFPV) está realizando uma campanha de doação de alimentos em comunidades carentes da cidade. As doações vêm ocorrendo desde segunda-feira (10), em razão da recusa de alguns internos que estão custodiados naquela unidade federal de segurança máxima. Os presos reclamam do rigor nos procedimentos de segurança do Sistema Penitenciário Federal (SPF), que recentemente suspendeu a visita com contato físico. O contato com as visitas agora ocorre em parlatório, via telefone, integralmente monitorado pelos agentes federais.

A entrega está sendo realizada pelos Agentes Federais de Execução Penal (PFPV) em uma vila que fica próxima à Penitenciária Federal. Ontem, os moradores receberam 75 marmitas, 70 pães e 70 frutas. Na segunda-feira foram entregues 148 marmitas, além dos pães e frutas. A ideia, segundo a administração da PFPV, é evitar que a comida seja desperdiçada. Creuza Raimunda, que tem 57 anos e é catadora de produtos recicláveis, esteve ontem na ação realizada pelos agentes. Ela elogiou a iniciativa e disse que a comida é de boa qualidade, atendendo dezenas de famílias.

A recicladora Raimunda Gonzaga de Araújo, 45 anos, também esteve ontem recebendo os alimentos doados pela Penitenciária Federal. Ela contou aos agentes que a comida veio em boa hora para muitas pessoas que moram na Vila Princesa. “Graças a Deus que nós estamos comendo (a alimentação doada pela PFPV). É boa a comida. A gente recebe a marmita, suco... Às vezes, a pessoa num (sic) tem o que jantar e pega a marmitazinha...”, destacou a moradora, que saiu de lá levando uma quentinha, frutas e pães que seriam desperdiçados em razão da recusa dos internos.


MAIS RIGOR

No dia 29 de maio, o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) determinou a suspensão das visitas íntimas e sociais dos presos que estão nas prisões federais. A medida visa reduzir a atuação dos líderes das facções que utilizam seus familiares (e os dos outros presos) para continuarem enviando ordens para fora da prisão. Segundo a investigação da Polícia Federal, entre os crimes estão os assassinatos de profissionais da segurança. Visando evitar novos crimes com ordens a partir das prisões federais, a suspensão do contato com visitantes foi renovada em 18 de junho.

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