Ministro da saúde anuncia investimentos e auditoria em obras inacabadas no Acre


Cumprindo agenda de trabalho em Rio Branco, o ministro da saúde Ricardo Barros anunciou investimentos de R$ 6,5 milhões para reforçar as unidades do Samú na capital e no interior, mais R$ 1,7 milhões para a atenção básica que vai contemplar quatorze cidades do estado.

 Em visita ao prédio do novo Pronto Socorro e Hospital de Base de Rio Branco, o ministro determinou a abertura de uma auditoria para investigar os gastos com os recursos federais já investidos na obra e cobrou a conclusão dos serviços.
Também vão entrar na mira da auditoria determinada por Barros, as obras de construção do Hospital de Brasiléia, do Instituto de Traumatologia (Rio Branco) e a Upa de Cruzeiro do Sul, todas inacabadas.

“ Nós determinamos uma auditoria para identificar com clareza onde estão as falhas do projeto, os recursos que já foram liberados pelo Ministério, quanto falta de contra partida do estado e quem precisa alocar mais recursos. Da parte do Ministério nós temos recursos disponíveis para concluir as obras e queremos concluir as obras. Portanto, vamos fazer uma gestão a partir dessa auditoria e tomar as providencias necessárias com os responsáveis para que nós possamos terminar essas obras e colocar a serviço da população”, disse o ministro.

Alexandre Barros veio ao Acre a convite do senador Gladson Camelí e num reunião de trabalho na sede da Associação dos Municípios do Acre, recebeu quatorze prefeitos, presidentes de sindicatos da saúde, de Associações de Pacientes e médicos formados no interior.

O ministro disse que desde que assumiu a pasta, o governo já liberou para o Acre R$ 65,7 milhões de reais, incluindo as emendas da bancada federal e confirmou o que disse o secretário geral do Ministério quando esteve aqui em março passado. Recursos para o setor nunca faltaram no estado.
Barros foi questionado por prefeitos, deputados estaduais, representantes de entidades e médicos formados no exterior, e respondeu pontualmente a cada questão levantada. A maioria, denunciado falta de equipamentos, ambulâncias e de pessoal para atender nas unidades públicas na capital e no interior.
Ele destacou os investimentos que o Ministério vai fazer nas unidades do Samú em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, com a entrega de ambulâncias, qualificação profissional e reforço no serviço aéreo.

Estado não enviou representante

Maior beneficiado com os recursos que o Ministério da Saúde vai liberar, o governo do estado não enviou representante para a reunião de trabalho com o chefe nacional da pasta da saúde.

Nem o secretário Gemil Júnior ou qualquer outro ocupante de cargo da SESACRE compareceram ao evento, o que foi destacado como ponto negativo pelo senador Gladson Camelí.

O senador disse que a ausência do estado na reunião foi uma mostra do comprometimento do governo com a saúde da população do Acre.
“ Como vamos definir investimentos para a saúde se o governo não aparece para debater, para discutir os recursos? Quero pedir aqui, senhor ministro, um acompanhamento para esses recursos que estão prestes a ser liberados”, observou Camelí.

Prefeito denuncia mortes por falta de estrutura na rede estadual

“No meu município, vários casos de óbito já foram registrados pela falta de equipamentos e de profissionais qualificados para atender os pacientes. Falta ambulância, médicos, leitos, falta humanidade para falar a verdade”, desabafou o prefeito de Assis Brasil, Antônio Barbosa(PSDB), o Zum.

O prefeito pediu a liberação de mais recursos federais para a cidade que administra e disse que pela importância geográfica que Assis Brasil tem para o país, merecia contar com um hospital de médio porte para que os moradores não tivessem que passar por situações até constrangedoras na busca pelo atendimento médico.

Tião Flores(PSB), de Epitaciolândia, questionou o prazo para a liberação das emendas da bancada federal já no exercício de 2017 e lembrou que todos os investimentos do governo federal no município são referentes ainda ao ano de 2016.

Atenção básica terá R$ 1,6 milhões para doze cidades

Enquanto a capital Rio Branco ignora os recursos do Ministério da Saúde, uma vez que não apresentou demanda durante o encontro, os prefeitos do interior agradeceram os investimentos anunciados pelo ministro que garantiu o reforço na atenção básica em doze cidade do interior.

Brasiléia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Porto Valter, Rodrigues Alves, Santa Rosa, Sena Madureira, Xapuri, Senador Guiomar e  Cruzeiro do Sul vão receber ainda esse ano, recursos para obras exclusivas neste setor, além de ambulâncias, mas neste caso, apenas para as três últimas cidades.

Comentários