O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), em conjunto com a Polícia Civil, deflagrou na madrugada desta segunda-feira, 19, a operação Cartas Marcadas, que investiga fraudes em licitações públicas envolvendo trabalhos gráficos.
A principal empresa investigada, a Acre Publicidade, é acusada de lucrar ilicitamente R$2.789.530,00 em oito licitações no município de Xapuri, na Câmara dos Vereadores de Rio Branco e Prefeitura de Rio Branco, mas, segundo destaca o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Bernardo Albano, o valor pode ser muito maior.
A investigação iniciou em 2015 e constatou que os sócios eram parentes entre si e algumas empresas, falsas concorrentes, possuíam inclusive o mesmo endereço.
A administração pública municipal é citada na denúncia apenas como vítima, não tendo participação, até agora, de nenhum agente público no esquema fraudulento.
Coletiva
Em entrevista coletiva concedida na manhã de hoje, após a deflagração da operação, o promotor de Justiça Bernardo Albano destacou que o objetivo da operação é devolver ao erário o valor fraudado, pensando nisso os quase três milhões estão congelados judicialmente, assim como bens e veículos da empresa.
Albano contou também que a operação nada tem a ver com o veículo de comunicação que tem os exemplares impressos pela gráfica. “Nosso objetivo é respeitar o direito de livre concorrência e o cumprimento da lei”, declarou.
Também participaram da coletiva o promotor de Justiça Ildon Maximiano, o procurador de Justiça Álvaro Pereira e o delegado de Polícia Civil da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco), Odilon Neto.
Os investigados estão sob prisão preventiva e devem ser interrogados ainda hoje. A operação também aconteceu, simultaneamente, no município de Xapuri.
Tiago Teles – Agência de Notícias do MPAC
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