Trafegar pela BR 364, em direção ao interior do estado tem se tornado um
desafio amargo e perigoso. A rodovia, que corta o Acre de Rio Branco a Cruzeiro
do Sul, está na situação mais crítica desde que foi reaberta em definitivo pelo
governo.
Da capital até Feijó, um trecho de 423 km, oferece condições precárias
de tráfego, muto buraco, lama e nenhum infra estrutura. Os primeiros 144 km
entre Rio Branco e Sena Madureira exibem o que as chuvas provocaram. São longos
trechos de buracos onde a lama tomou o lugar do asfalto e a erosão avança pista
adentro.
A viagem, que antes era concluída em no máximo duas horas, hoje, devido
a precariedade da estrada, não duram menos que três horas. Seguindo em direção
ao interior,o trecho de 87 km de Sena ao trevo de acesso a cidade de
Manoel Urbano não é diferente.
Da ponte do Caeté até a majestosa ponte do Purus, o cenário é o mesmo:
lama, buracos e mato invadido a pista.
O tráfego constante de veículos de grande porte colabora para danificar
ainda mais a rodovia, única via de ligação para quem mora no interior do Acre.
Depois do acesso a Manoel Urbano, vem um dos trechos mais críticos. Até
chegar a cidade de Feijó, o motorista vai precisar de muita perícia ao volante
e paciência. São tantos buracos, que as vezes a impressão é a de que não se
está trafegando em uma rodovia federal, mas um ramal que ha muito tempo não
recebe manutenção.
" O que eu ouvia lá fora era que essa estrada estava um pouco
complicada, mas nao desse jeito. Essa viagem deveria durar três dias, e já
estou a uma semana nessa região", disse o carreteiro Osmar Gramel,que mora
em Cuiabá e que foi levar uma carregamento de combustível para
Feijó.
Desde o ano passado, a manutenção da 364 está sob a responsabilidade do
DNIT, que anunciou o início de várias frentes de serviço para recuperar os
trechos críticos. De Rio Branco a Feijó, não há nenhum equipe atuando na
rodovia. O único canteiro de obras montado ao longo do trecho pertence a
empresa TCM, erguido na saída de Sena Madureira sentido Manoel Urbano. Lá,
estão máquinas e caminhões, mas no trecho, pelo menos por enquanto, a empresa
não vem trabalhando.
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