Tudo o que os prefeitos das vinte e duas cidades do Acre queriam ouvir do governo federal foi dito pelo secretário de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, Rogério Abdalla, disse durante a reunião que teve com os gestores no final da tarde ontem na Associação do Municípios do Acre (AMAC), em Rio Branco.
Ao contrário do que os prefeitos propagavam desde que assumiram os mandatos, Abdalla disse que no setor da saúde não falta recursos, e mostrou com números que o Acre tem em caixa valores suficientes para executar as ações necessárias, o problema, segundo o secretário é gestão.
“ Quero de todos vocês um relatório do que a gente pode fazer lá em Brasília. A saúde não pode estar mais ou menos, tem que estar 100%. Cobre dos seus parlamentares, da gente. Não está faltando dinheiro, falta é aplicar devidamente”, disse ele, apresentando um relatório onde mostra que o Acre deixou de aplicar recursos da saúde por falhas da gestão.
Os prefeitos ouviram atentamente essa mensagem e de imediato acionaram suas equipes para protocolar junto a equipe do Ministério, presente ao evento, as demandas ainda para este semestre.
O prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), elogiou a iniciativa do encontro e disse que a vinda da equipe á capital do Acre proporcionou uma grande oportunidade para os gestores dirimirem dúvidas, cobrar projetos e apresentar demandas.
“Parabenizo o senador Gladson por trazer pra cá uma agenda tão importante. Reconheço a ação positiva do governo federal. Rio Branco tem vinte e cinco unidades de saúde e se tiver algum recurso sobrando lá em Brasília, por favor encaminhe para Rio Branco. Manifesto minha gratidão ao governo federal e ao Ministério da Saúde pela parceria”, disse o prefeito.
Médicos Acreanos cobram inclusão no Mais Médicos
Uma das pautas do encontro foi a abertura de novo edital do Programa Mais Médicos, prioridade levantada pelos prefeitos para reforçar o atendimento na atenção básica nos municípios. Um grupo de acreanos formados na Bolívia compareceu ao encontro para cobrar uma garantia de que serão inclusos na próxima fase do certame.
Rogério Abdalla foi prático. Sem rodeios disse que junto com sua equipe vai iniciar o processo para prestigiar os médicos brasileiros formados no exterior e que atendam as exigências do edital.
“ Cuba me informou essa semana que iria reter os médicos que viriam para o Brasil. Eu falei: não precisa mandar. Nós temos os nossos médicos brasileiros aqui. O diferencial dos cubanos é que eles vão em qualquer lugar. Mas nós também temos o nosso valor. Então gente, a nossa oportunidade está aí. Vocês não estão desamparados. Vamos buscar aquilo que é de direito da população. Contem comigo que vamos cumprir essa missão”, garantiu.
Prefeitos do Amazonas estiveram no encontro
Convidados pelo senador Gladson Camelí (PP), os prefeitos Zeca Cruz, de Boca do Acre, Eliana Amorim, de Pauiní e Zezito, de Tapauá, também participaram do encontro para apresentar as reivindicações de seus municípios.
Zezito disse que na cidade que administra, a saúde vive um momento de “falência múltipla” e que veio ao Acre em busca de apoio já que no seu estado, nem a bancada federal nem o governo do estado se dispuseram a ajudar para mudar a atual realidade.
“Não estou fazendo uma crítica, mas dando um alerta. Na nossa cidade a saúde está falida. Já pedi ajuda do governo, da bancada federal e ninguém apareceu para ajudar. O senador Gladson Camelí, sensível á causa nos convidou para essa pauta e aqui, nesses poucos momentos, já vislumbro abertura junto ao Ministério. Peço que nos ajude senhor secretário para mudarmos a nossa realidade”, apelou o prefeito.
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