Quarto de jovem desaparecido no Acre intriga polícia e família



A Polícia Civil no Acre  investiga desde a semana passada o desaparecimento do estudante de psicologia Bruno Borges (24), que sumiu no dia 27 de março depois de ser deixado pelo pai na porta de casa, em um bairro de classe média na capital do Acre, Rio Branco.

O sumiço de Borges ganhou repercussão depois que a família revelou o que o jovem deixou escrito no quarto. Quatorze livros escritos á mão e cripitografados além de figuras e algarismos romanos. São  obras  escritas á mãos e organizadas de forma invejável.

A parede, o piso e alguns moveis receberam os escritos impecavelmente. No meio do quarto, Bruno colocou uma estátua em tamanho natural do filósofo italiano Giordano Bruno, que segundo o pai do adolescente, o empresário Athos Borges, foi comprada pelo valor de R$ 7 mil.

A mae de Bruno, a psicóloga Denise Borges, disse que antes do desaparecimento, o quarto do filho era normal, igual a de um jovem estudante, com cama, mesa, enfim.

Mas o cenário foi transformado durante o período em que ela e o marido viajaram de férias, passando 22 dias fora do estado.

¨ Estou muito preocupada, mas um pouco confortada já. Ele deixou um mistério que a gente ainda não entende mas tem muita gente rezando por ele e sei que está bem¨, disse a mãe.

Antes de desaparecer, relataram os pais, Bruno pediu dinheiro para patentear as obras que escrevera. Dizia para a família, que havia encontrado uma teoria que iria mudar de forma boa a humanidade. Mas os pais negaram o recurso financeiro.

Bruno é gêmeo de Rodrigo e Gabriela, a irmã mais velha, para quem o estudante chegou a mostrar um dos livros.

Na semana passada o delegado Fabrízzio Sobreira, da Delegacia de Investigação Criminal, esteve no quarto do estudante. Viu as escrituras, os símbolos e os desenhos deixados pelo jovem e disse que apesar dos sinais, a polícia possui poucas pistas que possam levar ao paradeiro de Bruno.

Sobreira revelou que a Polícia está analisando todo o sistema de imagens existente desde o aeroporto até o posto de fiscalização da Polícia de Trânsito na rodovia 317, que dá acesso á fronteira do Brasil com a Bolívia, distante 240 km da capital.

O pai dele gravou um vídeo emocionado contando um pouco da trajetória do filho, pediu perdão por não acreditar no projeto pessoal de Bruno e disse que vai financiar a publicação dos livros tão logo Bruno volte para casa.

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