Maior grupo importador do Acre defende viabilidade econômica da rodovia do Pacífico



A viabilidade econômica da rodovia Interoceânica, que liga o Brasil  ao Peru, via Acre, ao oceano Pacífico  é uma aposta do Grupo Araújo, maior atacadista do Acre, que possui dez lojas em Rio Branco e uma em Porto Velho.

Adem Araújo, diretor do grupo, disse que a empresa já atuou na  importação de vários produtos aproveitando a safra, porém  durante um curto espaço de tempo ao longo do  ano. Mas atualamente, o grupo utiliza o porto de Santos para importar as mercadorias que compra fora do país.

 ¨ A questão burocrática já nao é mais problema. Sentimos dificuldades em prospetarmos grandes exportadores, que não demonstram interesse em atender o comércio do Acre, porque consideram de baixo volume. Mas é viável sim¨, disse Adem.

A Br 317 tem 2.620 km até os portos de San Juan de  Marcona, Matarani e  Illo, dos quais 517 km estão no lado brasileiro. A rodovia começa em Boca do Acre, no Amazonas e termina em território peruano.

Entregue em 2010 pelo governo brasileiro, a rodovia nuca deixou de ser usada para a principal atividade projetada: um corredor de importação e exportação entre o mercado brasileiro, o andino e a Ásia.

¨ Sempre foi economicamente viável. Está toda ocupada ao longo do trecho brasileiro. Tem cidades, fazendas, fábricas e ainda tem a ligação com as vias urbanas¨, observa o engenheiro Fernando Moutinho, que durante 33 anos trabalhou na rodovia.

Moutinho ainda observa uma característica que só a Transoceânica possui: no trecho que compreende os Andes, a estrada dificulta o tráfego de veículos pesados, porque fica acima do nível do mar. Um fator desfavorável para empresas que pretendem explorar esse corredor de exportação. Mesmo assim, segundo ele, a rodovia ainda é a melhor opção econômica para o Brasil chegar ao mercado internacional.

Do lado brasileiro, a cidade de Assis Brasil é o último ponto da rodovia, que liga ao Peru por meio da ponte da Amizade. Conhecida como tríplice fronteira, a região está dotada de toda infra estrutura necessária para atuação dos exportadores.

No posto da alfândega estão unidades da Anvisa, Receita Federal e Policia Federal. Numa grande área ao lado, está uma Base do Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), que garante a segurança e a soberania nacional.

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