Detentos fazem greve de fome no presídio federal de Porto Velho




Detentos que cumprem pena no presídio federal de Porto Velho (RO), fizeram uma greve de fome na unidade que resultou numa inspeção realizada pela Comissão de Defesa dos  Direitos Humanos da OAB/RO.

Durante quatro dias, presos recusaram a alimentação servida alegando que ha semanas a comida servida é azeda e estragada. Os apenados também reclamaram da falta de assistência médica, afirmando que não recebem medicação nem atendimento médico adequado.

O movimento acontece três meses depois que chegaram á unidade, os cinco detentos acusados de comandarem a rebelião em Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, onde mais de cem presos foram mortos.

Jose Cláudio Cândido do Prado, 37 anos, condenado a 75 anos de prisão por homicidio e tráfico, Tiago de Souza Soares, 30 anos condenado 38 anos por homicídio, Paulo da Silva santos, 42 anos, condenado por extorsão, João Francisco dos Santos, condenado a 39 anos por matar um radialista e Paulo Márcio Rodrigues de Araújo, preso provisório, chegaram na unidade em janeiro, e são apontados como os mentores da greve de fome.

Na semana passada, as advogadas Ana Valeska e Leiliane saraiva, membros da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OBA/RO, fizeram uma inspeção na unidade e elaboraram um relatório da situação que encontraram.

É a segunda vez que a OAB/RO vai ao Presidio Federal para ouvir os apenados, a fim de averiguar supostas violações de direitos humanos e intermediar o fim da greve de fome. Na oportunidade, firmamos o compromisso de que a Comissão de Direitos Humanos efetuará, a cada dois meses, visitas no sistema penitenciário federal, para conferir se as pendências informadas pelos presos foram sanadas. Após a visita da comissão, os presos cessaram a greve de fome. E esse é o papel da OAB/RO. Atribuição essencial na defesa dos direitos humanos, principalmente na manutenção dos Direitos Fundamentais”, ressalta Ana Valeska, membro da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB/RO.

O diretor da unidade, Cristiano Torquato negou as denúncias e disse que a unidade é referência entre os presídios federais. Ele também informou que os detentos suspenderam a greve após a visita dos representantes da OAB.

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