Se os executivos do Banco da Amazônia procuravam projetos com resultados certos para liberar recursos dentro da política de financiamentos da instituição, encontraram mais do que esperavam na região do Abunã, que compreende as cidades de Senador Guiomard, Acrelândia e Plácido de Castro.
Ontem, a comitiva do Banco, liderada pelo presidente Marivaldo Melo, conheceu o projeto de plantio do açaí, onde o produtor João Neres Martins investiu R$ 750 mil plantando 20.640 pés da fruta. São 30 hectares destinados exclusivamente para o cultivo do açaí, que de acordo com planejamento de manejo, deve apresentar condições para primeira safra em 36 meses.
A iniciativa de apostar em um projeto ambicioso e arrojado, levando-se em conta o momento financeiro que o país atravessa, recebeu elogios dos executivos do banco que anunciaram linhas de créditos no valor de R$ 16 milhões para a região em 2017.
Marivaldo Melo, que foi superintendente do Banco no Acre por vários anos, mostrou no café da manhã com produtores, técnicos, pecuaristas e os prefeitos de Acrelandia, Everaldo Caetano, de Plácido, Gedeon Barros e de Senador Guiomard, André Maia, que conhece o potencial economico da região, mas não escondeu a surpresa em ver o projeto do açaí "de vento em popa".
"Toda boa iniciativa, que obedeça as regras impostas pelo banco central para financiamentos, vai receber nosso irrestrito apoio. Criamos a central de crédito para isso, para agilizar a análise e a liberação do dinheiro no momento em que o produtor precisa, e temos a expectativa que dentro do menor tempo possível, esse novo serviço do banco vai apresentar os resultados por nós esperados", comentou.
Juntas, Senador Guiomard, Acrelândia e Plácido de Castro, são responsáveis pela maior safra de milho, café e banana, e agora essa "salada de agricultura", terá o reforço do açaí.
O milho, por exemplo, vai ofertar uma safra recorde. Somente um produtor deve colher agora em fevereiro, cem mil sacas.
O investidor é o produtor Henrique Cardoso, da Fazenda Niteroi, que diminuiu a pastagem para plantar 1.200 hectares de milho. Com um investimento de R$ 1,2 milhão, ele já contabiliza os lucros, e olha que vai colher agora apenas metade do que plantou.
Com a agenda em Plácido de Castro, o presidente do Banco da Amazônia concluiu a mais extensa agenda que um presidente de um banco nacional já cumpriu no Acre.
Marivaldo Melo começou as visitas por Boca do Acre, na semana passada, quando também confirmou um crédito de R$ 368 milhões para o Acre.
Depois de renovar a parceria com o governo do estado por meio de um protocolo de intenções, Melo, fez questão de ir para o interior do estado, onde está a força que faz a produção girar. No ano passado, o Banco aplicou recursos nas vinte e duas cidades do Acre, e para 2017, segundo Marivaldo a meta é repetir a dose, porem, com mais dinheiro para a agricultura, a pecuária, a geração de emprego e rendas e muitas outras linhas de investimentos.
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