A Sociedade de Porto e Hidrovias de Rondônia (Soph) possui capacidade estimada para movimentar até 5 milhões de toneladas/ano e, somente neste primeiro trimestre, já passou por sua estrutura 712 mil toneladas entre milho e soja. A previsão é que a capacidade será ainda maior e mais rápida, com a ampliação e os novos investimentos.
Pela vocação direcionada, cada vez mais voltada para a agricultura, se espera atingir as 5 milhões de toneladas em um tempo muito curto, especialmente pelos investimentos que o governo de Rondônia tem feito na modernização das lavouras e na mineração de calcário, que corrige a acidez do solo e aumenta a produção.
Segundo o diretor operacional da Soph, Edinaldo Gonçalves Cardoso, o governo estadual dispõe de R$ 22 milhões, podendo chegar até a R$ 27 milhões, para investimento na modernização e infraestrutura portuária. Este recurso é oriundo de um termo de cooperação com a Secretaria de Portos, do governo federal, e está dividido em cinco etapas.
Já foi licitado uma pá carregadeira, um caminhão basculante e três empilhadeiras, além da conclusão do projeto de ampliação do cais flutuante em mais 50 metros de comprimento por 25 de largura, “aumentando a plataforma atual e o fluxo de carga possível para exportação”.
Também está em fase de implantação mais duas rampas do tipo RO-RO para descarregamento de contêineres, onde o caminhão entra e sai da esteira rodando.
Com estes investimentos e melhorias, diz o diretor presidente da Soph, Leudo Buriti, se espera conseguir atrair mais empresas para exportar “pois o nosso porto é alfandegado, com baixo custo, com armazém coberto, pátios e estacionamento disponível”.
Segundo Leudo, atualmente passa pelo porto, grãos, carne, equipamentos para montagem das usinas, carga em geral como mudanças, veículos e até combustível (em situações de emergência), como ocorreu no ano passado em decorrência da cheia que inviabilizou a descarga nas distribuidoras que ficaram alagadas.
Atualmente, cada balsa pode carregar até 2 mil toneladas, o que equivale a 50 caminhões. Um comboio chega a ter até 20 balsas transportadas em uma única vez por um rebocador (pode ser de 12/16 ou 20), podendo transportar o conteúdo de 500 caminhões, que levam em média 3 dias para chegar até Manaus ou Itacoatiara, no estado do Amazonas.
PORTO CHUELO
Já está em fase de testes, o terminal do grupo Amaggi, localizado mais abaixo no rio Madeira. Atualmente, quatro silos de armazenagem de grãos já estão instalados no local. Também há uma área reservada para o governo do Estado instalar o seu porto com 110 hectares de área. Segundo Buriti, este investimento deverá ser realizado por meio de uma Parceria Público Privado (PPP).
Para que o complexo seja viabilizado, é necessária a implantação do arco viário – estrada que será construída da BR-364 nas proximidades das Irmãs Marcelinas até o novo Porto, reduzindo o fluxo de caminhões na cidade. Além disso, estudos de viabilidade técnica e econômica e ambiental e o Plano de Zoneamento serão realizadas para a instalação de outras empresas no local.
Fonte
Texto: Geovani Berno
Fotos: Admilson Knightz
Decom - Governo de Rondônia
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