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Uma ligação anônima e uma foto enviada por meio do
aplicativo whatsapp, foram fundamentais para o fim do mistério que envolvia o
desaparecimento da bebê Ana Beatriz, raptada no dia 14 de novembro no bairro
JK, em Porto Velho.
Enquanto a polícia trabalhava com várias linhas de
investigação, inclusive a possibilidade da criança ter sido negociada por uma
quadrilha, uma denúncia anônima levou os policiais até o endereço onde Ana
Beatriz estava, no bairro Jardim Santana, zona leste da capital.
De acordo com a delegada Ingrid Brandão, que
comandou as investigações, um policial do 1º DP recebeu uma informação dando
conta do local onde a criança estava. As diligências levaram 24 horas até que
Ana Beatriz fosse localizada em poder das três pessoas descritas pela mãe da
garota.
Ana Beatriz estava na casa de Maria de Fátima,
apontada como mentora intelectual do sequestro. O rapto da menina teve a
participação do filho, Rodolfo Igor Beniz e da nora Daiana Alves Diniz da Cruz.
A motivação
A delegada explicou que o sequestro da garota foi
motivado pela perda da gestão de Fátima, que estava grávida do namorado com o
qual deseja ter um filho.
A partir do aborto involuntário, segundo a polícia,
a mulher arquitetou o plano de raptar uma criança para apresenta-la como filho
ao namorado. Ainda de acordo com a polícia, Dona Maria Auxiliadora, mãe de Ana
Beatriz, foi escolhida aleatoriamente, e foi espancada a golpes d marreta,
porque o trio não queria deixar pistas.
O
sequestro
No dia 14 d novembro, Dona Maria Auxiliadora levava
a pequena Ana Beatriz para uma consulta no posto de saúde do bairro JK, quando foi
abordada pelo trio que lhe ofereceu uma carona. Quando entrou no veículo, a mãe
da criança foi surpreendida com golpes de marreta e foi largada desacordada,
enquanto os acusados fugiam em um carro de cor branca.
Retrato
falado ajudou
Graças aos detalhes repassados pela mãe da garota,
a polícia conseguiu montar as principais peças desse quebra cabeça. Mesmo
agredida, Dona Auxiliadora conseguiu identificar detalhes que foram confirmados
com a prisão do trio, reconhecido pela mãe da criança.
Mudança
de endereço e de carro
Dias depois de raptar a criança, Maria de Fátima
entregou o imóvel onde morava alugado no bairro JK, e mudou com o filho, a
garotinha e a nora para o bairro Jardim Santana. Para não deixar pistas, ela
vendeu o carro usado na ação, pintou os cabelos, e se isolou de amigos mais
próximos.
O
encontro da garota e a prisão
Com o caso meio que “esquecido”, Maria de Fátima
acreditava que o crime não seria descoberto. Ela criava há mais de um mês a
pequena Ana Beatriz como se fosse sua. Mas uma pessoa que a visitou e casa
percebeu que havia algo de errado ao perceber a presença da menina, apresentada
como filha. Essa pessoa fez uma foto da menina e a repassou á policia. A mae de
Ana Beatriz não teve dúvidas em afirmar que se tratava de sua filha. Com o
cerco armado, Maria de Fátima não teve como escapar e acabou presa com a guarda
da criança sequestrada. Logo no primeiro depoimento a acusada revelou todo o
plano e relatou a participação do filho e da nora no sequestro.
A delegada Ingrid Brandão, que na coletiva de
imprensa estava acompanhada do diretor geral de Polícia Civil, Pedro Mancebo e
da diretora da Divisão de Patrimônio, Rúbia Saldanha, disse que pediu á justiça
a prisão preventiva dos três acusados
que vão responder pelos crimes de tentativa de homicídio e sequestro( rapto) de incapaz.
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