A cheia do rio madeira atingiu 1,5 metros sobre o asfalto da BR 364, na comunidade de Antiga Mutum Paraná e obrigou o DNIT e a PRF a suspenderem a travessia de carretas e caminhões pelo trechos inundados da rodovia. Desde o amanhecer desta sexta-feira (21), a rodovia está fechada para a passagem de qualquer veículo entre os quatro pontos inundados da estrada.
O bloqueio da 364 entre Rondônia e Acre foi anunciado durante entrevista coletiva em Porto Velho, na presença do inspetor João Bosco Ribeir, da PRF, do superintendente do DNIT Fabiano Cunha e do coordenador da Defesa Civil de Rondônia, coronel Lioberto Caetano.
“ A medida foi adotada por questoes de segurança. Mantivemos o transito na rodovia enquanto foi possível. Por uma questão de segurança estamos bloqueando o trecjho”, disse Ribeiro, que neste sábado vai acompanhar no local, as obras de construção de um porto provisório para o embarque e desembarque de caminhões em uma balsa.
Até a próxima segunda-feira (23), o Acre vai ficar isolado via terrestre do restante do Brasil, e esse isolamento pode durar até mais tempo, alerta Fabiano Cunha, porque depende da conclusão da obra provisória.
“ Nós dependemos do fator tempo para terminar o serviço lá. Se chover amanhã ou domingo, certamente a construção do porto será prejudicada, mas estamos concentrando todo nosso esforço para reiniciar a travessia de carros já na segunda feira”, disse ele.
DNIT e PRF ainda definiram que após o reinicio das operações, somente carretas transportando alimentos, combustível e outros gêneros de primeira necessidade serão transportadas de um lado para o outro do rio. A balsa vai transportar cerca de vinte e cinco caminhões a cada viagem, que deve levar entre quatro e cinco horas para ser concluída.
A PRF estima que apenas quarenta caminhões devam ser atravessados por dia, o que daria um montante de duas mil toneladas a cada 24 horas. O trecho a ser percorrido pela balsa será de 16 km pela margem da rodovia até o outro extremo do rio Abunã.
Em Porto Velho, uma equipe da Defesa Civil do Acre, acompanha os trabalhos e realiza o cadastramento de carretas que transportam os produtos essenciais. Enquanto a passagem de veículos estiver bloqueada via terrestre, as cargas perecíveis continuam sendo transportadas até Rio Branco em aviões da Força Aérea Brasileira.
Comentários