Em um dos maiores acontecimentos cultural do Vale do Acre, o CARNAVALE atrai milhares de pessoas para o evento em Brasiléia, os hotéis ficam sem vagas, as casas ficam lotadas de parentes e amigos, as praças movimentadas, os quintais ficam lotados de pessoas que não conseguiram um local para ficar, nas ruas o difícil é encontrar uma vaga para estacionar, no centro comercial de Cobija, quase não se podia andar de tão grande o movimento de turista que vieram para o evento e aproveitaram para as compras, nos restaurantes e lanchonetes nem se falam o tamanho do movimento.
Um destaque especial para segurança do evento, com isso ajudou na qualidade da festa com o índice de acidente quase zero e com pequenas ocorrências policiais, com isso dando o direito das famílias participarem com a certeza de segurança.Mas como nem tudo é perfeito ficaram alguns comentários.
É sabido que festa de folia tem que ter bebida, os organizadores do evento sabem disso, é tanto que cobraram caro das barracas de bebidas, pedem altos patrocínios da distribuidora de cerveja, Capeta, “cerveja suja” e outros tipos de bebidas como o whisque, que eram até vendidos em bandejas com garçom andando pela multidão.
O Carnaval, como qualquer tipo de evento ligado ao mesmo é movido a bebidas alcoólicas e não se vai mudar esta característica cultural que vem rolando desde a sua existência, e por isso o evento é grandioso. Mas a parceria entre o DETRAN e a Polícia Militar, fizeram com que alguns agentes da PM e também de alguns Agentes Autoridades de Transito do próprio Detran, que talvez sem o amadurecimento necessário, agiram em desacordo com a característica do evento, usando até comportamento de como eles pensam ser o de um oficial, como o caso do soldado Bleisom Costa e dos Agentes de Autoridade de Transito do DETRAN, Jones Alley Angelo, que talvez se empolgaram por ter na sua função o nome AUTORIDADE e que não perdoavam o que estabelece a Lei de Transito no tocante a Bafômetro.
Nos casos mais simples, parecia até que estavam ali para arrecadar dinheiro e não paravam de fazer autuações, enquanto isso as duas pontes de saída para o estrangeiro permaneciam sem policiamento, talvez porque o roubo de um veículo ou outro tipo de delinqüência, não gere arrecadação. Para o evento foram consideradas a redução/abrandamento de muitas Leis, como a permanência de menores no local, interdição de ruas, permitir estacionar em faixas de pedestre, sons bem acima do limite permitido, reunião de grupos em bebedeiras, carros em cima das calçadas, carros atrapalhando as entradas das casas, etc, etc.
O CARNAVALE proporcionou um ambiente de bebedeira, me parece que o setor
de transito aproveitou a idéia para a arrecadação através da multa daqueles que estavam dirigindo a procura de um local para estacionar o seu veículo com os familiares e amigos, através do teste bafométrico de um resultado de quem apenas bebeu poucas doses de cerveja, não falo aqui dos que se excederam na bebida, esses sim podem tirarem o brilho da festa e por isso serem punidos com mais rigor; pelo movimento e o trabalho dos Agentes AUTORIDADE de Transito, me parece ter havido centenas de autuações, isso a um custo de quase mil reais cada uma, (pouco mais de 100 multas, são cem mil reais).
Isso dá para cobrir muitas despesa de eventos, contrariando a função social de quem está a frente de um poder executivo, que é a de proporcionar e investir em atividades desportiva, eventos culturais, etc. (Art. 6º da constituição federal).
"Foi jogado ração em um açude e depois lançaram a tarrafa, claro que foi fácil pegar muito mais peixe". Será que a mesma organização faria um evento evangélico e disponibilizaria uma equipe de Agentes Autoridade de Transito da mesma magnitude do Carnavale, aí sim eu diria que só estariam preocupados com a prevenção, e não com a arrecadação.
extraido do site: www.oaltoacre.com
* Carlos Portela Eduino é servidor federal.
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