No primeiro tempo, todas as previsões se confirmaram. A tônica foi de um Paysandu ousado, postado de forma a atacar, e os visitantes armados para sair no contra-ataque. A tática do Luverdense, entretanto, esbarrou na pouca eficiência do meio-campo Maico Gaúcho, praticamente anulado por Dadá. Mantendo a posse de bola, o Papão criou chances, embora sem grande poder de penetração na área do rival.
Logo aos dois minutos, Torrô subiu sozinho e escorou para baixo um cruzamento do meio-campo Vélber. O Luverdense respondeu com um chute de Maico Gaúcho, de longe, e sem perigo para a meta do goleiro Paulo Wanzeler. Depois, Zeziel finalizou, mas o goleiro Ronaldo encaixou a bola. Antes do fim da etapa inicial, Vélber tentou duas vezes. Na primeira, Ronaldo voltou a mostrar segurança. Na segunda, o Risadinha recebeu um passe na entrada da grande área, conseguiu virar, mas exagerou na força e a bola ganhou altura.
No segundo tempo, o cenário permaneceu o mesmo. O Luverdense se armou com uma marcação atrás da linha da bola. Quando furou a retranca, Vélber assinalou o primeiro, aos oito minutos, premiando uma boa atuação com um toque de categoria no canto direito de Ronaldo.
Sem defesa.
Em 1 minuto, uma bobeira que custou a vitória dos bicolores
Máquina de calcular a postos. O revés, em casa, complicou as chances de classificação alviceleste. Só resta ao Paysandu torcer contra Águia de Marabá e Rio Branco (AC), além de vencer o Sampaio Corrêa, na última rodada do Campeonato Brasileiro, fora de casa, no início de agosto. Nada que abale a confiança do zagueiro Rogério Corrêa. “Se ganharmos do Sampaio, estamos classificados. Sabemos que o resultado não foi bom, mas temos plenas condições de conseguir a classificação”, disse, confessando que o setor defensivo deu uma bobeira no lance do gol de empate.
Aliás, os seus companheiros também elegeram como “vilão” o momento de apagão, que resultou no gol adversário, minutos após a abertura do placar “Lutamos até o final, mas levamos um gol bobo”, concordou o lateral-esquerdo Aldivan. “Não tem erros individuais. O erro foi de todo mundo”, concluiu o defensor Bernardo.
O comandante do Papão Valtinho também concordou com a análise dos seus atletas, porém, a sua foi mais ampla, ao detectar outros entraves da equipe, principalmente, para superar uma retranca. “O time deles estava fechado e o Paysandu errou muitos passes”, falou, ainda no intervalo do primeiro tempo.
Com o resultado consumado, o treinador manteve a calma, sem apontar culpados. “Trabalhamos com a vitória, estávamos com uma dinâmica boa. Tivemos uma desatenção, desequilíbrio, e eles evoluíram a ponto de empatar o jogo”.
No final, ele elogiou o adversário e discursou sobre o futuro bicolor na competição. “Temos que fazer a nossa parte, que é a vitória. Não podemos pensar muito nos outros. O Vélber não é a mesma dinâmica, o Zeziel e o Aldivan também. Temos que trabalhar de forma equilibrada”, finalizou, preocupado com o rendimento físico dos seus atletas.
(Diário do Pará)
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