Nas ondas do rádio no Juruá





No dia 1° de junho, em Mâncio Lima, a convite da direção da rádio Integração Fm, de Cruzeiro do Sul, voltei uns oito anos na minha carreira profissional como jornalista.
Havia pelo menos dez anos, que uma equipe esportiva formada por cronistas cruzeirenses não transmitia uma partida de futebol para região do Vale do Juruá.
Destemido profissionalmente como sempre fui, recebi e aceitei o convite da direção da rádio e fui a minha terra natal assumir o microfone e levar para os milhares de ouvintes as emoções da partida em que o Náuas perdeu para o meu Rio Branco por 2 x 0.
O resultado do jogo pouco me importou. O que me emocionou mesmo foi voltar no tempo, sentir aquela emoção e um friozinho na barriga na hora de entrar no ar.
O convite me foi feito porque a direção da emissora estatal, a Rádio Difusora Acreana, proibiu que seus narradores fossem “emprestados” para a emissora cruzeirense, fatores políticos foi a causa.
Ao lado da jovem promessa Evenilson Souza, do experiente e amigo particular Adelcimar Carvalho, o Dedel, seu irmão Dení Carvalho e o diretor da rádio, Chico Melo, assumimos o compromisso e modéstia á parte, embora seja suspeito em falar, demos conta do recado.
Afirmo isso porque no dia seguinte, nas ruas de Cruzeiro do Sul, por onde passava, alguém cumprimentava a equipe parabenizando pelo trabalho. Isso é gratificante. Me recordo aqui que quando estava no aeroporto próximo do embarque, um senhor de cabelos brancos se aproximou e me perguntou: Você que é o Jairo Barbosa, da narração?. Respondi que sim, e ele então falou:
Olha garoto, me disseram que você é daqui de Cruzeiro do Sul, mas eu não quis acreditar. Você narra muito bem, parecia aqueles narradores lá do sul. Parabéns e muito prazer em te conhecer, disse ele.
Quando ele saiu, perguntei ao Dedel de quem se tratava, e ele me falou que o homem em questão era um taxista do aeroporto, conhecido como Albérico, uma espécie de “lenda” do Juruá.
Muito Obrigado Senhor Albérico e todos os quanto nos deram o prazer da audiência. Obrigado meu povo do Juruá. Saibam queridos leitores que não há nada mais gratificante que você ser reconhecido em sua própria terra natal.
Obrigado meu Deus por ter me permitido viver esse momento e que se não for pedir demais, que isso aconteça de novo na minha vida.

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